Durante o período de crise aguda, o trabalho do fisioterapeuta é essencial!

Em meio à pandemia do COVID-19, estamos observando um crescimento no número de pacientes que dão entrada no hospital com agravamento dos problemas respiratórios – um dos principais sintomas da doença. Durante esses atendimentos, um profissional tem se destacado e mostrado que é essencial na equipe multidisciplinar: o fisioterapeuta. 

A integração do fisioterapeuta nas unidades de urgência e emergência beneficia o atendimento dos pacientes que chegam até esse tipo de serviço com alterações importantes no sistema respiratório. Inclusive, quando há previsões de aumento na quantidade de pacientes, e nem sempre a forma ideal de tratá-los está clara, o fisioterapeuta atua para promover um socorro mais rápido e eficiente, capaz de evitar maiores complicações. 

Quais as principais contribuições do fisioterapeuta hospitalar? 

Nos hospitais, o profissional de fisioterapia trabalha para dar suporte no tratamento das principais disfunções cardíacas e respiratórias, evitando o agravamento do quadro clínico e atuando em todas as etapas do tratamento. O principal objetivo do atendimento no pronto socorro, é um suporte rápido nas principais disfunções cardiorrespiratórias, diminuindo a necessidade de internação hospitalar e a evolução para a unidade de terapia intensiva (UTI).  

E não é apenas o cenário de calamidade, como a pandemia do novo coronavírus, que destaca o importante trabalho dos fisioterapeutas. Diferentes estudos acadêmicos comprovam que a inserção desse profissional na equipe multidisciplinar diminui o risco de piora na evolução do quadro clínico dos pacientes que permanecem por grande período internado nessas unidades. A Dra. Ana Paula Cochar, fisioterapeuta osteopata e docente EOM Brasil, compartilhou um pouco da sua opinião sobre a relevância desse profissional, com base na sua experiência hospitalar. 

Ela conta que o fisioterapeuta em ambiente hospitalar atua basicamente no manejo da função respiratória do paciente. Dentro do hospital – Pronto Socorro e UTI – o foco é preservação das vias aéreas. No Pronto Socorro, os pacientes entram instáveis, com crises de asmas, bronquite e angustiados, pois não são capazes de respirar sozinhos. Então, o médico avalia e faz a primeira abordagem, para verificar se com medicamentos e com a abordagem do fisioterapeuta é possível estabilizar clinicamente o paciente, se for possível, o fisioterapeuta age para fazer com que esse paciente tente ventilar bem, respirar e persuadir o ar dentro dos pulmões. Ele tem diversas ferramentas, como as técnicas de fisioterapia respiratória e manobras de higiene brônquica, por isso é o profissional mais indicado.

“Se mesmo após os procedimentos iniciais o paciente não controlar a frequência respiratória, não estabilizar os sinais vitais, nós introduzimos uma máscara que manda o oxigênio, que se chama CPAP, máscaras de ventilação mecânica não invasiva, que faz com que o paciente por pressão e fluxo de ar, tente abrir os pulmões. Aqui, já vemos como o trabalho do fisioterapeuta é fundamental no processo de melhora da oxigenação tecidual e baixa dos sinais vitais para voltar aos números normais.”

A Dra. Ana Paula compartilhou também que, na UTI, o fisioterapeuta atua de forma semelhante. Se o paciente não estabiliza no Pronto Socorro e não é possível reverter a crise aguda respiratória, ele recebe uma dose de sedação, entra no estado de sono profundo e é submetido a intubação, o famoso “respirar com ajuda de aparelho”. Nesse momento, o fisioterapeuta ajuda o médico na colocação mecânica e é responsabilidade dele a colocação dos parâmetros respiratórios de acordo com o perfil do paciente e suas patologias. Lembrando que o fisioterapeuta segue acompanhando esse paciente em todos os momentos. 

Quando os pacientes estão na UTI, mas não estão entubados, a função do fisioterapeuta é a manutenção das vias aéreas e evitar complicações musculoesqueléticas, para prevenir edemas e outros danos à saúde. “É tudo muito dinâmico, pois existem muitos casos durante o dia, cada tipo de entrada de paciente no hospital requer uma atuação diferente por parte do fisioterapeuta. Então, esse profissional precisa dominar técnicas, ter um raciocínio e a capacidade de monitorar a evolução de cada pessoa.”

Com essa pandemia do COVID-19, tem se noticiado muito a questão da ventilação mecânica e a necessidade de aparelhos de ventilação. “Estamos percebendo uma corrida contra o tempo para contratar fisioterapeutas para os hospitais, pois é esse profissional quem coloca o ventilador mecânico, faz processo de monitoramento, higiene e encaminha para o desmame ventilatória.

Alguns hospitais ainda estão descobrindo a necessidade de ter um profissional da fisioterapia, mas em muitos já existe o consenso sobre a importância. Inclusive, muitos hospitais já colocaram fisioterapeutas 24 horas, pois entendem que ele contribui efetivamente em todo o processo, da entrada até a alta do paciente.”

Vale a pena investir na carreira de fisioterapia hospitalar? 

A fisioterapia hospitalar, principalmente no que tange emergências, ainda não é uma área tão explorada pelos fisioterapeutas recém formados. Logo, se transforma em oportunidades tanto para os pacientes, que se beneficiam dos cuidados, quanto para os profissionais, que podem consolidar sua carreira. 

A osteopatia aliada ao conhecimento e experiência do fisioterapeuta também um é recurso importante para os pacientes que tiveram uma experiência hospitalar crítica. No pós-crise aguda, ela trabalha as aderências provocadas pelos processos inflamatórios nas vias áreas, com o objetivo de minimizar as sequelas e direcionar o corpo para que ele retome o funcionamento normal. Por isso, fisioterapeutas que atuam em áreas hospitalares conseguem aplicar o raciocínio adquirido ao longo da Formação em Osteopatia para buscar a reabilitação completa do paciente. 

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Comece sua jornada em direção a uma carreira de sucesso na área da saúde

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A osteopatia é uma carreira de saúde para profissionais que querem melhorar seus resultados clínicos e fazer a diferença positiva na vida do paciente. Quando o raciocínio osteopático é aplicado, ganha o paciente, que se vê livre mais rapidamente dos seus sintomas, e o fisioterapeuta, que cresce muito profissionalmente e pessoalmente.